Jogador do Fortaleza aparece em relatório do ‘Caso VaideBet’

São Paulo, SP, 24 (AFI) – O atacante Lucero, do Fortaleza, e o influenciador Buzeira aparecem no relatório final da Polícia Civil sobre o caso VaideBet, que apura suspeitas de lavagem de dinheiro envolvendo o patrocínio do clube. Os nomes do atacante Lucero, do Fortaleza, e de Buzeira, que soma mais de 13 milhões de seguidores, surgem por transferências financeiras com empresas investigadas, mas nenhum dos dois está entre os indiciados.

As movimentações financeiras com a Victory Trading e a Wave Intermediações Tecnológicas, empresas citadas na investigação, foram o motivo da inclusão dos nomes no relatório de 272 páginas. A Polícia aponta que a Wave recebeu R$ 1 milhão da Neoway, empresa de fachada utilizada para intermediar comissão do contrato entre Corinthians e VaideBet. Depois, parte desse valor, cerca de R$ 874 mil, foi repassado à UJ Football, suspeita de ligação com o crime organizado.

RELATÓRIO DA POLÍCIA CITA CORINTHIANS E BUZEIRA

Na apuração, a Polícia destaca que Buzeira e sua empresa, Buzeira Digital, movimentaram valores junto à Wave. Entre julho de 2023 e junho de 2024, a Buzeira Digital recebeu R$ 230 mil de um “agropecuarista de Goiás”, além de outros depósitos, inclusive de um “promotor de vendas” do Espírito Santo. O relatório aponta Buzeira como próximo à diretoria do Corinthians, com registros de encontros no CT Joaquim Grava e presença no gramado após o título do Paulistão 2025.

As investigações também mostram que a Victory Trading repassou valores expressivos à Buzeira Digital, incluindo duas transferências que somam R$ 1 milhão no início de abril e outro depósito de R$ 300 mil em 22 de abril. A Polícia suspeita de “entrelaçamento atípico” entre pessoas ligadas à direção corintiana e empresas investigadas, além de possíveis conexões com o crime organizado.

LIGAÇÃO DE LUCERO E DETALHES DAS TRANSFERÊNCIAS

O nome de Lucero aparece de forma breve, apenas devido a duas transferências feitas pelo atacante. Em dezembro de 2023, uma conta ligada ao jogador do Fortaleza enviou R$ 357.305 para a Wave e mais R$ 130 mil para a Victory. Segundo o relatório policial, há indícios de que essas empresas atuem com capital do futebol, com o objetivo de mascarar a origem do dinheiro.

O empresário de Lucero afirmou que tanto ele quanto o atleta desconhecem as empresas mencionadas. Buzeira, por sua vez, negou qualquer participação com o caso VaideBet e declarou não ter relação com as investigações.